terça-feira, 14 de outubro de 2008
Flamengo - Traição - Por Daniel Viana
Acordava às 9hrs da manhã deste último sábado, dia 11, um esperançoso torcedor. Seu primeiro ato foi separar a camisa que ele usaria mais tarde. Dentre todas, escolheu uma antiga, época em que a Umbro ainda estampava sua marca no “Manto Sagrado”. Durante todo o dia leu sobre o mais querido, tudo para entrar no clima. “Aquele era o dia”, dizia o jovem apaixonado.
Saiu de casa à tarde, por volta das 15hrs. Encontrou com os amigos que o iriam acompanhar nesta jornada e como um exército triunfante, se uniram aos outros milhares - e por que não dizer? - milhões espalhados por todo o Brasil.
Enfrentaram ônibus lotados, engarrafamentos, mas todos esses contratempos, que se tornariam o inferno em dias comuns, se tornaram parte de uma grande festa. Fez amigos de minutos, ouviu de um senhor, com idade avançada, “Só o Flamengo faz isso, a cidade esta parada, não tem time no Rio que faça igual”. O jovem, aquele do início deste pequeno e humilde relato, apenas afirmou: “Hoje é o primeiro jogo do hexa”. Sua confiança espalhou-se pelo transporte público lotado. “É isso aí! É hoje porra!” gritou um terceiro, talvez mais animado pelo fato de certa substância química já estar percorrendo sua corrente sanguínea.
A partir de então, uma avalanche de sentimentos despertaram neste pequeno, mas confiante soldado. Primeiro a impaciência, fruto da longa espera de mais de uma hora na fila. Após atravessar este primeiro obstáculo, tudo mudou. Uma mistura de confiança e alegria ao entrar no Maracanã estourou num grito de “mengo!”.
O jogo inicia e surge a preocupação. Estava ali, naqueles primeiros 20 minutos de jogo, o primeiro passo para o desastre. Um time apático contaminou a então eufórica torcida. Não preciso citar o jogo, na verdade, que se dane. Não quero ter de comentar os erros de Ibson e Kléberson, ou de como o ataque estava isolado e a defesa exposta, tudo claramente percebido por quem acompanha o Flamengo há vários jogos, mas que nosso perdido treinador não consegue arrumar.
Angústia e decepção tomaram conta de toda a torcida. A volta para casa foi desolada e silenciosa. Ao perceberem que o tal foi ao fatídico jogo, perguntavam-lhe o placar. Alguns, provavelmente na ironia, outros eram soldados que não puderam, por sorte, acompanhar e sentir o que senti por último. Vergonha! Abraços e até a próxima. Para sempre, Mengão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Infelizmente como disse o mestre Zé Roberto , Estamos com galo na cabeça, Daniel!
Huhauhauhauh O Daniel é o único comentarista que consegue falar de tudo menos do jogo. Genial! Parece até o Pedro Bial do futebol! uhauhauhahua
Sem falar na camisa da "Umbro" de provavelmente 1995 quando o Mancuso ainda jogava e o "International Super Star Soccer" era o Winning Eleven dos video-games.
uhauhauhauha Parabéns e abração
AH pára de chorar urubu !!! todo mundo sabe q o menguinho é cavalo paraguaio rssrrsrssrs. Eu avisei rs...no mais, o blog tá ótimo!! bjss
Postar um comentário