quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vasco - O retorno do antes herói - Por Thiago Teixeira



Saudações Vascaínas,

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2008. São Januário, Vasco 1 x 2 São Paulo. O time carioca precisa vencer para manter-se vivo na série A do Brasileiro. 32m do segundo tempo. A bola sobra para Edmundo sozinho na marca do pênalti, aquela mesma em que o atacante desperdiçou na semifinal da Copa do Brasil contra o Sport, e ele chuta por cima da baliza de um Rogério Ceni já batido. O locutor da rádio CBN grita: "Eu não acredito como ele pôde perder este gol", mas logo é corrigido pelo comentarista: "Eu acredito sim. É esta a marca de Edmundo para o Vasco, desperdiçar a chance de salvar o clube quando ele mais precisa. Foi assim no mundial e na Copa do Brasil, e em todas as partidas decisivas do clube”.

Não! Não estou culpando o animal pela derrota e por uma cada vez mais evidente probabilidade de rebaixamento. Estou apenas citando o retrato crucial da partida, quando nos pés de Edmundo (pés capazes de jogadas inimagináveis aos botinudos atacantes hoje em evidência neste campeonato, como Alex Mineiro e Kléber Pereira, e até mesmo Luís Fabiano e o Imperador Adriano, a dupla vigente em nossa seleção) vimos mais uma bola lançada às arquibancadas do estádio, acabar de vez com a chance de vitória do bacalhau. A questão não é jogar a culpa às costas do craque, mas cobrar a responsabilidade que lhe diz respeito por seu potencial.

Quanto a partida, o que se viu foi um São Paulo "nada demais" e um Vasco "tudo de menos". Se não fosse a regularidade do time paulista e a falta de pontaria dos atacantes cruzmaltinos, o Vasco sairia ao menos com um empate. O tricolor "nada demais" abusou das falhas, fato incomum ao time sempre bem arrumado de Muricy, mas o Vasco mostrou mais vez a sua inexpressividade e foi finalizado em dois lances em que baixou a guarda. No primeiro o bom goleiro Rafael se posicionou mal e não conseguiu alcançar a cobrança de Jorge Wagner. No segundo, o menino Mateus falhou na marcação de Hugo, que sozinho na área dominou e mandou para as redes. Será que Renato não notou que o São Paulo vence as partidas no erro dos adversários? O Vasco "tudo de menos” representa a inexpressividade do elenco e dos atacantes inoperantes Edmundo e Leandro Amaral (que brincaram de perder gols) que tem como muleta o menor jogador em tamanho, mas que é o maior em raça, dedicação e utilidade, o meia Mádson que marcou o gol do bacalhau.

Resta ao povo vascaíno rezar para o time vencer as próximas partidas contra Coritiba (que goleou o Santos por 5x1) e o Vitória (que goleou o Grêmio por 4x2) além de precisar de uma combinação de resultados para que o time permaneça na série A.
Mas será que com tantos erros neste campeonato, que vão desde a diretoria até o craque do time, rezar não lhes parece inútil?

Na vitrola aquela brilhante canção de Marcelo Camelo: "Quem foi que te ensinou a rezar? Que santo vai brigar por você? Que povo aprova o que você fez”?

Um comentário:

Anônimo disse...

se fudeu, série b huahuauau