Pois bem, o Chelsea é o
atual campeão da Liga dos campeões da Europa justamente na temporada que ele
menos gastou com transferências. Por sua vez o Mancherster city, desde que foi
comprado em 2008 pelo xeque Mansour
bin Al Zayed, membro da família real de Abu Dhabi, gastou rios de dinheiro em contratações de
jogadores como Tevez, Robinho, Dzeko. Após algumas decepções, na última
temporada, finalmente o “City” conquistou a Premier League.
Mas todos esses
exemplos são de caráter econômico, apesar dos torcedores saberem que esse período
de pujança econômica ter um prazo de validade, o prazer de conquistas que
dificilmente seriam alcançadas em prazos tão curtos se tornam de valor
sentimental impagável. Porém, alguns temem que os investidores enjoem de seus
novos brinquedos e saiam assim como entraram, e que os clubes possam herdar
dívidas por posturas megalomaníacas de seus donos atuais.
Entretanto, há outro
custo para a conquista de títulos, e o Flamengo a paga nos dias atuais. Em
2009, a diretoria, que não era a atual, fez vista grossa para certas balburdias
de Adriano e companhia, o título mal ou bem foi conquistado após um período de
17 anos de jejum.
Eleita no fim
2009, Patrícia Amorim tomou posse no ano seguinte e decidiu não mexer no que
estava dando certo, porém as coisas começaram a sair do controle, e os
resultados em campo se tornaram pífios. Andrade se tornou a primeira vítima,
posteriormente a cúpula de futebol, dentre eles, Marco Braz. Mas o estrago
estava feito. Adriano sofria graves acusações por suas ações fora de campo, e
praticamente fugiu para a Roma, da Itália, onde sua passagem beirou ao
ridículo. O goleiro Bruno, bem, estes todos sabem o que aconteceu.
Desesperada para
apagar a imagem do seu primeiro ano de gestão no Flamengo, Patrícia Amorim
correu atrás de Ronaldinho Gaúcho, mas o comportamento interno perante um
subordinado não mudou, a anarquia continuou culminando em diversos momentos que
vão da desagregação no grupo e insubordinação da estrela maior.
Estamos em
meados de 2012, prestes a completar três anos da conquista do hexa campeonato
brasileiro, e não há nenhum título na história do Flamengo que custou tanto ao
clube. Por eventos descritos neste breve resumo, nunca antes na história a
imagem do clube foi tão arranhada e maculada, a desvalorização é nítida quando
o maior contrato de patrocínio master oferecido ao clube foi de R$ 15 milhões,
contrastando com os R$ 22 milhões que a Batavo pagou para estampar sua marca em
2010.
Hoje o Flamengo
não passa imagem de seriedade, não atrai jogador e pior, sua torcida o
abandonou. O clube esta prestes de realizar nova eleição, o cenário político
será ainda mais conturbado nos próximos meses, e sabe-se lá o que a atual diretoria
fará para lá se manter. Enquanto isso a conta de 2009 continuará sendo paga, e
o que foi um momento de absoluto êxtase se transformou em melancolia e num
profundo sentimento de arrependimento, e hoje a pergunta final é a mais
emblemática do desespero atual. Podemos devolver o título de 2009 e ter o
Flamengo de volta?
Nenhum comentário:
Postar um comentário