sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quem cai primeiro - por Thiago Medeiros


No exato momento em que assistia à partida de despedida do lendário Juan Pablo Sorín. Cruzeiro e Argentinos Juniors jogavam no Mineirão. E o que me chamou a atenção e deu-me o que falar foi o atacante Wellington Paulista: como cai, como pede pênalti, como reclama! Por alguma sorte, ou até intencionalmente, mudei o canal para o jogo do Botafogo na Copa Sul-Americana, diante do Cerro Porteño. E o outro alvo de meu comentário estava bem ali, com seus braços para o alto, feito um animador de auditório ao melhor estilo Liminha, que honestamente não sei se acompanhou Gugu até a Record. O sujeito da vez é André Lima: como cai, como pede pênalti, como reclama! Óbvio que, iguais aos dois, encontramos aos montes no Brasil. Desde o líder da série A ao eliminado da série D.

O pior de tanta reclamação é o fato de o “desespero” com a atuação do árbitro ter se tornado muito mais uma moda, uma expressão característica do jogador brasileiro. O que é de se lamentar. Como não mencionar o tragicômico centroavante Washington, do São Paulo? Ele certamente foi lapidado na Escola Evair de Artes Cênicas. Como chorava o também centroavante, ex-Palmeiras e Vasco... A não menos irritante mania do jogador de imaginar que suas pernas são feitas algodão, nas quais um leve e corriqueiro resvalo do adversário são capazes de destroçar o atacante, agora vem acompanhada da chiadeira contra o já tão cobrado árbitro.

Nossos sofridos atletas socam o gramado, fazem cara de choro, levam as mãos ao rosto quando sofrem um pisão no pé (como não lembrar Rivaldo, na Copa de 2002?). E nós, amantes do jogo de futebol, temos que ver replays intermináveis após os jogos (quase todos) com eles se atirando nos corpos adversários e caindo, como se fossem os velhos ‘atores’ do supercatch, ou para os mais antigos, o telecatch (daquelas cômicas lutas entre rapazes fantasiados de algo como caminhoneiros e coveiros).

Um comentário:

Thiago Teixeira disse...

Como não gargalhar com tais palavras? Como não orgulhar-me de participar de um projeto jornalístico com um camarada destes?