A demissão do técnico Ney Franco – não pretendo entrar no mérito da qualidade deste como treinador, mas foi necessária – coloca um grande ponto de interrogação
Ney mostrou ter qualidades como treinador quando pegou o alvinegro mal organizado (não-organizado seria mais apropriado) pelo seu antecessor Cuca e levou o time a onze jogos sem perder, incluindo três vitórias consecutivas fora de casa, se eu não me engano – um recorde para o clube na era dos pontos corridos, já que Mestre Cuca tinha alergia a vencer partidas longe do Rio. De qualquer forma, o elenco do ano passado era bastante superior ao desse ano, o que não quer dizer que fosse bom, apenas mostra o quanto o time agora é fraco. Isso mostra dois lados paradoxais do técnico: a capacidade de conduzir times minimamente decentes e a incapacidade de conduzir times ruins. Conseguiu bons resultados com o razoável time do ano passado, mas não arrumou nada com o elenco medíocre montado pela nova diretoria. Diretoria essa, aliás, que havia prometido um time para disputar o título brasileiro amparados no auxílio de empresários e de um utópico fundo de 25 milhões de reais para reforços. Mas isso é assunto pra outro post.
O lado bom de Ney Franco a torcida do Botafogo conheceu temporada passada. O ano de 2009 mostrou o lado ruim do técnico. Com a fragilidade do elenco, Ney não foi capaz de dar padrão de jogo ao time e abusou da incoerência. Jogadores que não ficavam sequer no banco em um jogo eram titulares no jogo seguinte, e daí por diante. Tudo bem, dou um desconto porque não há muito o que fazer quando os grandes reforços da equipe para a temporada foram estrelas como Fahel, Victor Simões, Tony e Batista. Até o pseudo-ídolo André Lima anda decepcionando. O cara que sempre se disse botafoguense mostrou contra o Atlético Paranaense que não possui compromisso nenhum com o sucesso do time, apenas consigo mesmo. Querer bater o pênalti em um jogo difícil, jogo de seis pontos, na situação em que o time se encontra no campeonato mostra, no mínimo, falta de profissionalismo. Só pensa em ser artilheiro. Teve uma atitude digna ao pedir desculpas pra torcida no intervalo, mas acho que ninguém que estava no Engenhão se importou muito com isso depois de ver o atacante perdendo dois gols feitos no segundo tempo. Espero que ele tenha aprendido que atacante que se preze pede desculpas com gols.
Agora, como já disse, o futuro
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