quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Divina Comédia Rubro-Negra - Por Daniel Viana

No início do século XIV, Dante Alighieri escreveu o livro “Divina Comédia” que conta a jornada espiritual do próprio autor pelos três reinos pós a vida terrestre. Guiado por Virgílio, Dante, passa pelo inferno, purgatório e paraíso. É espantoso e interessante observar como o livro, mesmo que quase 600 anos antes do surgimento do “mais querido”, parece ser uma premonição da atual situação Rubro-Negra.

O Flamengo das últimas gerações é esse. Numa comunhão entre torcida e mídia, uma modesta seqüência de bons resultados geram uma avalanche de soberba e grandiosidade acima do que o próprio elenco é capaz. Entretanto, uma única derrota é o suficiente para os mesmos se virarem contra o clube, que por si só, é auto-inflamável. Após a derrota para o Gaymio, o “único grande do Rio” se encontra no purgatório, a vitória contra o cruzeiro no Maracanã é obrigatória, um resultado negativo, será mais uma passagem pelo tão conhecido inferno dos últimos anos.


A linha entre esses três reinos espirituais para o Flamengo é tênue. Incrível é a facilidade com que atravessamos os mesmos. Temos o nosso próprio guia Virgílio; composto pela grandiosidade do clube, torcida e mídia já citadas, a política suja, corrupta e asquerosa que suga o clube há décadas e a sensação de orfandade dos tempos áureos que geram esperança e impaciência conforme simples resultados.

Talvez não sejamos os únicos a sofrer com esse comportamento, mas como diria o velho profeta “o resto que se dane”. Abraços, até a próxima. Para sempre Flamengo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Botafogo - Do nada a lugar nenhum - Por Vinicius Carvalhosa



A demissão do técnico Ney Franco – não pretendo entrar no mérito da qualidade deste como treinador, mas foi necessária – coloca um grande ponto de interrogação em General Severiano. Não sou daqueles que acham o autor de “Na Beira do Caos” – ou o nome que tenha a musiquinha bem muquirana que ele cantou no programa Bem Amigos – o culpado por todos os males da humanidade, ou do Botafogo, pelo menos. Tampouco isento o mineirinho de culpa no cartório.



Ney mostrou ter qualidades como treinador quando pegou o alvinegro mal organizado (não-organizado seria mais apropriado) pelo seu antecessor Cuca e levou o time a onze jogos sem perder, incluindo três vitórias consecutivas fora de casa, se eu não me engano – um recorde para o clube na era dos pontos corridos, já que Mestre Cuca tinha alergia a vencer partidas longe do Rio. De qualquer forma, o elenco do ano passado era bastante superior ao desse ano, o que não quer dizer que fosse bom, apenas mostra o quanto o time agora é fraco. Isso mostra dois lados paradoxais do técnico: a capacidade de conduzir times minimamente decentes e a incapacidade de conduzir times ruins. Conseguiu bons resultados com o razoável time do ano passado, mas não arrumou nada com o elenco medíocre montado pela nova diretoria. Diretoria essa, aliás, que havia prometido um time para disputar o título brasileiro amparados no auxílio de empresários e de um utópico fundo de 25 milhões de reais para reforços. Mas isso é assunto pra outro post.



O lado bom de Ney Franco a torcida do Botafogo conheceu temporada passada. O ano de 2009 mostrou o lado ruim do técnico. Com a fragilidade do elenco, Ney não foi capaz de dar padrão de jogo ao time e abusou da incoerência. Jogadores que não ficavam sequer no banco em um jogo eram titulares no jogo seguinte, e daí por diante. Tudo bem, dou um desconto porque não há muito o que fazer quando os grandes reforços da equipe para a temporada foram estrelas como Fahel, Victor Simões, Tony e Batista. Até o pseudo-ídolo André Lima anda decepcionando. O cara que sempre se disse botafoguense mostrou contra o Atlético Paranaense que não possui compromisso nenhum com o sucesso do time, apenas consigo mesmo. Querer bater o pênalti em um jogo difícil, jogo de seis pontos, na situação em que o time se encontra no campeonato mostra, no mínimo, falta de profissionalismo. Só pensa em ser artilheiro. Teve uma atitude digna ao pedir desculpas pra torcida no intervalo, mas acho que ninguém que estava no Engenhão se importou muito com isso depois de ver o atacante perdendo dois gols feitos no segundo tempo. Espero que ele tenha aprendido que atacante que se preze pede desculpas com gols.



Agora, como já disse, o futuro em General Severiano é sombrio. Não existem bons nomes no mercado para substituir Ney Franco. Talvez o melhor seja Vagner Mancini, que ainda não provou nada. Foi bem no Grêmio, mal no Santos. A certeza é: nenhum treinador será capaz de fazer milagre com o elenco medíocre que o Botafogo tem. Apenas precisam fazer o simples, e saber o que o time possui de melhor (ou menos pior) para tentar se afastar do rebaixamento: Renan é melhor que Castillo; Wellington é de longe o melhor zagueiro do time; Eduardo é muito bom quando está afim de jogar; Juninho só sabe bater faltas, mas com as opções pra zaga (lê-se “Emerson”) e pro ataque que não faz gols, isso já basta; Batista não pode ser escalado na ala-esquerda; entre os volantes ninguém presta, então pode escalar qualquer um; Lúcio Flávio não pode ser encarado como salvador da pátria, não adianta o cara armar o time se ninguém mais sabe jogar bola do meio pra frente; Reinaldo vai ser chinelinho o ano todo; Victor Simões nunca ouviu falar em lei do impedimento, além de atrapalhar todos os ataques do time; Renato é ruim mas chega bem no ataque; André Lima nunca será o craque que a torcida pensa que é. O resto do elenco não merece comentários. Com esse time, o Botafogo – quer seja com Ney, quer seja com qualquer outro técnico – chegará a lugar nenhum. Mas, para quem está vindo do nada, ntalvez não seja mau negócio tentar mudar.

BR 09 - O que será que será, ou não - Por Thiago Medeiros


Com o prazer de estrear neste blog, ao qual de mero leitor passei a mero membro, venho por meio desta, ou de qualquer outra, ser o responsável (ou irresponsável – só o tempo dirá) por analisar o que rola além do futebol carioca, e também dele, por que não? Assim, começo falando do Brasileirão 2009, que está chegando a sua metade e tem uma certeza: não há previsão. Em breves cornetadas, desafinadas possivelmente, dá para se dizer o momento atual das equipes e o que podemos esperar até o final do campeonato, em dezembro. Elegi, sem critério, os seguintes esquadrões para breve análise.

Atlético Mineiro – Luta nas primeiras posições, apesar da nossa eterna desconfiança de qualquer time treinado pelo Celso Roth. A confiança do time parece intacta mesmo com as derrotas para o Goiás e Flamengo. O triunfo agônico do último domingo contra o Coritiba foi uma prova disso.

Meu Coring... Opa! Quero dizer, Corinthians – Acabou de voltar da série B, ganhou títulos importantes (Paulistão, depois de cinco anos, e a Copa do Brasil). É natural que perca jogadores para os podero$o$ do futebol turco e árabe. Está sem lado esquerdo – André Santos, Cristian e Douglas atuavam pelo setor. Assim que ajustar, volta a ser competitivo.

Cruzeiro - O vice doméstico da competição sul-americana parece ter abalado as estruturas do time, que não emplaca sequência de bons jogos. Assim que parar de sofrer com lesões e expulsões gratuitas, vai bem.

Grêmio – Futebol cada vez mais sólido, contrariando o desempenho líquido feito água fora de casa em várias partidas

Palmeiras – Não vendeu ninguém, assim, se tornou o principal candidato ao título. Claro, por estar na liderança, também.

São Paulo – Voltou a vontade de vencer. Dizer que o campeão voltou é exagero. Possível? Sim.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

VASCO - "Sou vascaíno e o sentimento não pode parar !" - Por Thiago Teixeira

Saudações vascaínas,

Retrospectiva: Eu poderia começar respondendo às piadinhas que ouvi durante o intervalo forçado que o Gigante da Colina faz na série "A" do Brasileirão, mas percebi que o melhor é ser superior e ignorar quem zombou do que poderia ter me causado depressão e alcoolismo. Agora é sério (ou quase): O Vasco mereceu cair! O rebaixamento foi a dramática representação do cenário do clube, onde a nova direção tentou limpar, sem papel, a diarreia provocada pela antiga gestão. Resultado: A tradição do clube foi afundada em um rio de coliformes fecais.
Ressaca: Em um dos bares em que procurei consolo (não aquele usado pelos mais carentes sexuais), ouvi um filósofo, após a quarta lambada de Velho Barreiro, dizer que: "Quando se está no fundo do poço a única saída é por cima." (tão profunda quanto o poço da Série B) e é essa a melhor definição para a atual fase de meu clube de coração.
O caminho de volta para casa - A torcida: Desde o fatídico dia 7 de Dezembro de 2008, a torcida vascaína promove um espetáculo, na melhor expressão de amor incondicional (não estou falando daquele pobre animal que quis se jogar do teto do estádio, mas das campanhas: "O sentimento não pode parar" e "Amor não tem divisão"). Lembrando a colaboração dos torcedores na tentativa de auxílio a preocupante situação financeira, com o projeto de sociedade "O Vasco é meu" que , no momento, deixa o Vasco em primeiro lugar no ranking carioca em número de sócios.
O caminho das Índias, quer dizer, o caminho de volta para casa (2) - O patrocínio: Após seguidos patrocínios que pagavam duas caixas de charuto cubano por mês a Eurico Miranda, enfim uma marca de expressão - quanto a questão financeira e expressiva - estampa a camisa cruzmaltina (desde então durmo com a luz acesa para ajudar a Eletrobrás). Outra boa notícia é a marcação de um "Penalty" em nossa endumentária, em substituição a ínfima e caloteira "Champs".
O caminho de volta para casa (3) - A campanha - Em 2009 o time, bem mais competitivo que o do último ano, chegou a duas semifinais. No Estadual: No primeiro turno do estadual o Vasco foi eliminado pela escalação irregular de Jéferson (quem mesmo?!). No segundo turno, o time da Colina fazia boa campanha (nos clássicos, empatou com o Fluminense, goleou o Botafogo e ganhou do Flamengo), mas titubeou na semifinal (quando Maicossuel passeou pela Av.Paulo Sérgio) e terminou goleado - com justiça - pelo Botafogo. / Na Copa do Brasil: O cruzmaltino fazia a melhor campanha na competição quando foi eliminado - sem perder uma única partida - em dois empates contra o "Todo Poderoso Corinthians", sem esquecer que fomos garfados pelo juíz (que não marcou um pênalti claro, no lance em que Chicão testou a qualidade da camisa de Élton com um puxão descarado). / Na série B: O Vasco também faz uma boa campanha, analisando o aproveitamento nas catorze rodadas, onde perdeu apenas duas partidas e levou míseros 7 gols.
O caminho da volta (4) - O elenco - No comando do time a alteração vital para esse Novo Vasco foi a chegada de Dorival Jr. que montou um time mais competitivo do que aquele dirigido por Renight Gaúcho. No gol, o ótimo Fernando Prass substitui Rafael (que agora é terceiro goleiro do Fluminense). Na lateral direita, o regular Paulo Sérgio substitui o desmotivado W.Diniz e ainda tem como concorrente o bom jogador Fágner. Na ala esquerda entra o ótimo Ramon para uma vaga antes improvisada. Na zaga, Odvan e Jorge Luís vão para o quinto dos infernos e deixam suas vagas para Vílson, Titi, Gian e Fernando (que teve belas atuações antes da lesão), que não comprometem. Na proteção, Amaral (um novo jogador) e Nílton (muito bem no Carioca, mas caiu de produção no Brasileiro) dão conta do recado que Jonílson e "Meu nome não é Johnny" não deram. No meio, Carlos Alberto (que peca pelos cartões e sofre com pequenas lesões) é tão importante para o time quanto Mádson, mas a diferença é que o anãozinho (agora no Santos) era mais regular, mesmo que não tão brilhante quanto o atual camisa 19. Souza substitui Mateus (ainda é cedo para análises, mas por enquanto são 6 por meia dúzia). Sai Leandro Bonfim (que não deu ao Vasco um bom fim. "Entendeu, entendeu?!") e entra a promessa Coutinho (que infelizmente foi vendido precocemente para a Inter de Milão). O ataque ainda não é o dos sonhos de qualquer vascaíno: Aluísio (aquele que sempre vai estreiar na próxima rodada) não deve deixar nada a desejar quanto ao futebol que Edmundo vinha apresentando. Élton perde (e marca) tantos gols quanto Leandro Amaral vinha perdendo (e marcando). Adriano (que parece ser um bom atacante) e Robinho (que parece ser oportunista) substituem Faioli e Kardec (ataque cardíaco ou ataque inoperante como preferirem). Completam o elenco: O atacante Edgar (que lembra o grandalhão Luiz Cláudio, tanto na altura, quanto no jeitão atrapalhado), Rodrigo Pimpão (...) e Jéfferson (Muito fraco.Chegou com banca de titular, mas não mostrou a que veio). Resumindo: O Vasco melhorou muito. O time tem outro espírito, é mais guerreiro e raçudo do que aquele elenco descompromissado que afundou o clube. O Novo Vasco tem tudo para voltar à primeira divisão.
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Quanto ao jogo Vasco x Fortaleza: O time da colina jogou mal, mas conseguiu uma vitória importante para não entrar em crise após a derrota para o Bahia. Destaque para Alex Teixeira que marcou o primeiro gol (o segundo no campeonato, heim, tá bombando! Será que agora vale a multa rescisória?) e sofreu o pênalti, convertido por Adriano, que deu a vitória ao bacalhau. O resultado e a atuação ficaram aquém das expectativas dos torcedores.
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Tabela: O Vasco está fora do G4 (com apenas três pontos a menos que o líder), mas todo mundo sabe que o mais importante é estar no G8 (ao menos no aspecto econômico mundial), ou seja, nada que atrapalhe a nossa campanha rumo a Tókio. Não? Ok, vamos por parte! Rumo a primeira divisão!
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Um adendo - A leitora e vascaína Ízis "Pequena" lembrou que a diretoria elaborou um novo tema para a captação de associados: "Vasco: Ame e não o deixe."

sábado, 25 de julho de 2009

O RETORNO DO BLOG

O blog volta ao ar após cerca de meio ano cochilando, tempo em que nossos jornalistas (aquela profissão democrática que não difere quem esquentou a cadeira da faculdade, pagou uma fortuna e matou-se de estudar, daqueles (as) que simplesmente deram para alguém por um cargo, ex-esportistas e celebridades instantâneas) estiveram concentrados na árdua tarefa de trazer diversão, em cada texto, para o nosso grande público (mamãe, papai e amigos).


Um adendo: Estamos no Twitter: http://twitter.com/can100seriedade

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Fim de ano - Por Aline Bordalo (SBT-RIO)


Mais um ano sem títulos para os cariocas...E pensar que chances não faltaram. Disputamos Libertadores, Sul Americana, Copa do Brasil, Brasileirão...E nada...Pior do que não ter conquistado nada foi quase ter chegado lá. Foi o caso do Fluminense, na Libertadores, e do Flamengo, no Brasileiro. E o pior é que há muito tempo eu não via um título tão fácil de conseguir. O Flamengo ficou onze rodadas na liderança, e acabou em quinto lugar, em mais uma partida que poderia ter vencido facilmente. De tão fácil, o campeonato acabou emocionante. A última rodada foi inesquecível. Durante duas horas, torcedores do país inteiro estiveram com os olhos e os ouvidos ocupados, e o coração palpitando. Eu estava em São Januário, presenciando a tristeza dos vascaínos. Fiquei muito surpresa com a reação deles no fim da partida. Ao mesmo tempo em que choravam, aplaudiam o time, e juravam amor eterno ao time, um amor “sem divisão”, como dizia um dos cartazes. Um torcedor me disse: “Às vezes, para a gente subir dois degraus, temos que descer um”. Achei essa frase fantástica, principalmente levando-se em conta o momento em que ela foi dita, aquele momento de maior desespero – que fez até um torcedor a “tentar suicídio”, se pendurando na marquise do estádio. É isso aí! E o Corinthians está aí para confirmar essa tese. Compare o sentimento dos corinthianos nesta mesma época do ano passado e agora. Eles estão formando um time fenomenal, literalmente! Já pensou o Vasco no fim de 2009 anunciando a contratação de Robinho? Bom, para isso é preciso que os jogadores estejam dispostos a reerguer o clube e que a torcida continue fazendo sua parte.

O Fluminense saiu no lucro, disputou a última rodada sem medo da segunda divisão, e ainda acabou classificado para a Sul Americana. Pena que perdeu seu principal atacante. Washington trocou o tricolor carioca pelo paulista. Logo ele, responsável pela desclassificação do São Paulo da Libertadores, com aquele gol nos acréscimos. Acho que os são paulinos ficaram traumatizados, e, por via das dúvidas, decidiram trazer o inimigo para o seu lado. Agora, só não entendi o São Paulo contratar Renato Silva. Se nem Juninho, ex-Botafogo, deu certo lá...Enfim, gosto não se discute.

Por falar em Botafogo, o alvinegro também saiu no lucro. Com esse time mediano e todos os problemas extra-campo que enfrentou, também conseguiu vaga para a Sul Americana do ano que vem. Mas a situação é crítica em General Severiano. Até meados de dezembro o clube só tem dez jogadores garantidos. Dez, menos de um time. A debandada geral deixou os torcedores pessimistas. É, pelo visto, os botafoguenses vão continuar sofrendo em 2009...

E o Flamengo, quem diria, contratou Cuca. Será que o técnico do chororô vai conseguir fazer os rubro-negros sorrirem? Bom, ele já chegou cheio de moral, fazendo lista de dispensas e tudo. Cuca tem talento para arrumar um time, coisa que Caio Júnior não conseguiu em seis meses. Ele sabe distribuir bem os jogadores, colocar as peças certas do quebra-cabeças, como ele mesmo falou na coletiva de apresentação. Bom, a nós, torcedores cariocas, só nos resta torcer para que os quebra-cabeças do futebol acabem montados no fim do ano que vem. E que o tempo passe rápido, porque esses domingos sem jogos estão entediantes! Feliz Natal a todos e um ótimo ano novo!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Botafogo - Juntando os cacos para 2009 - Por Vinicius Carvalhosa


Após o término do Brasileirão, o Botafogo se vê praticamente sem elenco para o ano que vem. Apesar de a equipe ter terminado na melhor colocação (7º) desde o titulo brasileiro de 1995, o resultado final não agradou aos torcedores, que esperavam ao menos uma vaga na Libertadores na metade do ano, quando o time ainda estava bem.

Aliás, nesse meio tempo, mais um exemplo do velho (e detestável) ditado “há coisas que só acontecem com o Botafogo”: após seis anos de uma boa administração de Bebeto de Freitas, onde o clube recuperou sua dignidade e voltou a figurar sempre na parte de cima da tabela, a oposição venceu as eleições como chapa única. Incrível, em nenhum outro clube do mundo aconteceria uma coisa dessas. Tudo graças às infrutíferas tentativas do grupo político Movimento Carlito Rocha (que apóia Bebeto) de tentar uma chapa de consenso, pelo bem da união do clube. Balela. Depois de Montenegro e companhia afirmarem que iriam fazer chapa única, exigiram que seu candidato fosse o presidente: Maurício Assumpção. “Quem?” – perguntaram-se todos. Pois é, ninguém sabia. Uma invenção daqueles que afundaram o clube e o levaram para o rebaixamento, a maior vergonha de sua história. Ao invés de a situação sair fortalecida após os bons anos de mandato de Bebeto de Freitas, o que aconteceu foi o contrário. A oposição dava as cartas, e todos aceitavam.

Após aceitarem o nome de Assumpção, conseguiram emplacar Marcos Portella como vice. Portella já faz parte da administração de Bebeto, e tê-lo como vice-presidente seria bom para controlar as asneiras de Assumpção (aliás, reza a lenda que até mesmo aqueles que o inventaram como presidente estão assustados com sua ignorância). Quando tudo parecia encaminhado para um final “feliz”, eis que acontece o que aqueles que desde o início desconfiaram dessa chapa de consenso temiam: a oposição deu o golpe. Após diversas reuniões para discutirem os cargos na futura administração, não cumpriram suas promessas de distribuição de funções. Conseqüência: os partidários do Movimento Carlito Rocha pularam fora do barco após a traição, e não conseguiram inscrever nova chapa a tempo, graças a uma manobra escusa da oposição. Um dos três membros da junta eleitoral do clube não compareceu para votar se aceitava ou não uma nova inscrição de chapa, e votou por telefone. Apesar de isso ser ato inconstitucional, a situação decidiu não entrar na justiça, “pelo bem do clube”.

Após os primeiros movimentos de Maurício Assumpção e Montenegro em relação ao futebol para o ano que vem, o sentimento não poderia ser outro que não o de pessimismo. Nenhum esforço para manter nomes importantes como Diguinho, Lúcio Flávio, Jorge Henrique e (não acredito que vou falar isso) Renato Silva. E os nomes que pintam como futuros reforços do Botafogo levam a crer que seremos uma espécie de Palmeiras B no ano que vem, com as sobras que o Verdão não quer mais ver lá no Parque Antarctica: Maicosuel, Jumar, Lenny, Thiago Cunha, Gustavo. Esses serão os frutos que a tão anunciada parceria com a Traffic vai render. Valeu Assumpção, valeu Montenegro. São nomes que vão deixar a torcida extasiada. E isso porque é a mesma Traffic que levou para o Palmeiras bons nomes como Leandro, Kleber, Denílson, Alex Mineiro, Diego Souza e Élder Granja.

A sorte é que teremos muitos timinhos na Série A do ano que vem, como Santo André, Barueri, Avaí, Náutico. Até o Goiás tem que ficar ligado, e não pode ficar pensando que todo ano vai conseguir a reação no segundo turno. Uma hora eles caem. Por essas e outras acredito que conseguiremos evitar o rebaixamento em 2009. Mas espero que eu esteja completamente enganado, que o time seja bom e vença o Carioca em cima do Flamengo do chorão Cuca, que seguirá mais um ano sem títulos. Mas, de qualquer forma, não estou nem um pouco ansioso pela chegada da próxima temporada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Flamengo - Triste, Mas Retornei - Por Daniel Viana


Após um longo tempo de ausência retornei às postagens no blog, para desespero de muitos e agonia de outros. Estive sem postar por no mínimo três semanas ou quatro jogos do campeonato brasileiro. Peço sinceras desculpas aos leitores e claro aos meus companheiros de blog, mas o fato é que minha ausência foi motivada por forças maiores. Loucura seria a palavra certa para descrever o momento final deste período na faculdade, somando-se a isso o ganha pão diário.

Deixando de lado o supérfluo, vamos ao que realmente interessa, falar sobre futebol. Infelizmente, mas já esperado, o nosso pequeno clube, cujo sua torcida beira aos 40 milhões, vacilou e não conquistou sequer uma vaguinha na pré-Libertadores. Contra o Palmeiras o êxtase misturado à esperança, após o Cruzeiro a conformidade, mistura de ódio e desespero no empate contra o Goiás e por fim, no capítulo final, a melancolia na derrota para o Atl. Paranaense.

Sinceramente, não sei o que dizer sobre o elenco rubro-negro, diretoria e técnico. Este último me causa arrependimento, o defendi até onde foi possível, mas não há como negar que suas falhas, como comandante do “mais querido”, foram fundamentais por nossos fracasos no brasileirão. Sobre a diretoria, esta sim a maior culpada, sempre. Fanfarrona, durante o ano falou coisas absurdas, para não perder o hábito, já foi dito, nesses últimos dias, que existe a possibilidade da contratação de Edgar Davids. Somos reféns de um bando, se apoderaram de nossa maior paixão, conduzem o maior clube do Brasil com total incompetência beirando, diga-se de passagem, a desonestidade.

Sobre o elenco atual, este sim não merece nada. A tão famosa barca deveria afundar com tanto peso sobre ela. É tanta merda junta que os oceanos ficaram séculos para se recuperarem. Parecem nunca terem compreendido o que é ser Flamengo e jogar no Flamengo, salvo exceções. Foram os principais personagens de uma das maiores tragédias do Flamengo, mesmo assim se sentiam injustiçados. vejam só! Pelo tratamento desconfiado da maior parte da torcida. Ah, claro! Como somos injustos, grande parte do elenco ganhou um bi-campeonato estadual e a Copa do Brasil. Pelo amor de Deus, era obrigação. Esta na hora de uma reformulação, quem quiser ir para Europa ou Ásia, que vá! Nada de fazer loucuras financeiras para mantê-los. Para jogar aqui, tem que querer.

Geralmente não sou tão agressivo, costumo ser mais paciente, concedo segundas, terceiras, quartas chances... E por aí vai. Mas de fato, este ano recheado de tanta expectativa se tornou vazio. Começaremos do zero em 2009. Definitivamente 2008 deveria ser apagado de nossa memória, mas neste caso, de todos os clubes cariocas. Abraços e até a próxima. Para sempre. Mengão.

OBS: Vascaindos, não se desesperem, o vice da Série B também sobe huahuahua

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vasco - O retorno do antes herói - Por Thiago Teixeira



Saudações Vascaínas,

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2008. São Januário, Vasco 1 x 2 São Paulo. O time carioca precisa vencer para manter-se vivo na série A do Brasileiro. 32m do segundo tempo. A bola sobra para Edmundo sozinho na marca do pênalti, aquela mesma em que o atacante desperdiçou na semifinal da Copa do Brasil contra o Sport, e ele chuta por cima da baliza de um Rogério Ceni já batido. O locutor da rádio CBN grita: "Eu não acredito como ele pôde perder este gol", mas logo é corrigido pelo comentarista: "Eu acredito sim. É esta a marca de Edmundo para o Vasco, desperdiçar a chance de salvar o clube quando ele mais precisa. Foi assim no mundial e na Copa do Brasil, e em todas as partidas decisivas do clube”.

Não! Não estou culpando o animal pela derrota e por uma cada vez mais evidente probabilidade de rebaixamento. Estou apenas citando o retrato crucial da partida, quando nos pés de Edmundo (pés capazes de jogadas inimagináveis aos botinudos atacantes hoje em evidência neste campeonato, como Alex Mineiro e Kléber Pereira, e até mesmo Luís Fabiano e o Imperador Adriano, a dupla vigente em nossa seleção) vimos mais uma bola lançada às arquibancadas do estádio, acabar de vez com a chance de vitória do bacalhau. A questão não é jogar a culpa às costas do craque, mas cobrar a responsabilidade que lhe diz respeito por seu potencial.

Quanto a partida, o que se viu foi um São Paulo "nada demais" e um Vasco "tudo de menos". Se não fosse a regularidade do time paulista e a falta de pontaria dos atacantes cruzmaltinos, o Vasco sairia ao menos com um empate. O tricolor "nada demais" abusou das falhas, fato incomum ao time sempre bem arrumado de Muricy, mas o Vasco mostrou mais vez a sua inexpressividade e foi finalizado em dois lances em que baixou a guarda. No primeiro o bom goleiro Rafael se posicionou mal e não conseguiu alcançar a cobrança de Jorge Wagner. No segundo, o menino Mateus falhou na marcação de Hugo, que sozinho na área dominou e mandou para as redes. Será que Renato não notou que o São Paulo vence as partidas no erro dos adversários? O Vasco "tudo de menos” representa a inexpressividade do elenco e dos atacantes inoperantes Edmundo e Leandro Amaral (que brincaram de perder gols) que tem como muleta o menor jogador em tamanho, mas que é o maior em raça, dedicação e utilidade, o meia Mádson que marcou o gol do bacalhau.

Resta ao povo vascaíno rezar para o time vencer as próximas partidas contra Coritiba (que goleou o Santos por 5x1) e o Vitória (que goleou o Grêmio por 4x2) além de precisar de uma combinação de resultados para que o time permaneça na série A.
Mas será que com tantos erros neste campeonato, que vão desde a diretoria até o craque do time, rezar não lhes parece inútil?

Na vitrola aquela brilhante canção de Marcelo Camelo: "Quem foi que te ensinou a rezar? Que santo vai brigar por você? Que povo aprova o que você fez”?

sábado, 15 de novembro de 2008

Flamengo-"E não importa aonde jogue eu vou te apoiar !"-Por Alex Campos


Hoje, neste dia 15 de novembro de 2008, o mais querido está completando 113 anos de existência. Uma postagem especial neste dia se faz necessária!A nossa torcida está merecendo um título de grande porte, eu particularmente acho difícil este Brasileirão, mas vamos fazer a nossa parte, este jogo contra o Palmeiras vai estar com um Maracanã lotado de espectadores com expectativas a mil de ver um grande jogo, que o nosso mengão ficou devendo o campeonato todo. Muitas perdas durante o campeonato, Renato Augusto, Marcinho e até mesmo o Souza, demos mole sim, planejamento é tudo na vida ainda mas num clube de futebol como o nosso , embora o nosso principal erro foi perder pontos em partidas como: Vitória , Atlético-Mg e Portuguesa.Podíamos estar no topo e hoje estamos apenas brigando por uma vaga num lugar , que sim não tenho dúvidas que vai ser nosso, enfim queria mesmo era o caneco!

Vamos Flamengo eu tô aqui e te sigo a todo lado.
E não importa aonde jogue eu vou te apoiar.
Vamos Flamengo não podemos perder.
Vamos Flamengo vamos vamos ganhar.
Essa loucura que eu sinto por ti nunca se acabará.

Música da Torcida Urubuzada, que faz sempre uma bela festa no Maracanã!


(contato: alexluizgurgelcampos@gmail.com )


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Flamengo - Duas horas perdidas - Por Daniel Viana


Domingo esperei ansiosamente pelo clássico. Achava, melhor, tinha certeza que a vitória contra a choradeira era determinante pro nosso futuro no brasileirão, não em relação a título, mas principalmente na luta por uma das vagas pela Libertadores.

Mas o irritante é que estou esperando até agora pelo jogo, que pelada, que saco, que martírio. Se fosse torturar alguém era só por o torturado pra assistir tal crime contra o futebol. O “mais querido” parecia não estar a fim de jogo, sem vontade, sem alma, uma equipe que parece se contentar com pouco. Erram passes infantis, Ibson continua com seus lances de pseudo-craque e eu lá, sentado, torcendo esperançosamente por um bando comandado por um técnico que cada vez mais me dá asco. Medroso, sem criatividade, parece refém dos “donos” do clube. Não sei quem manda, se é o Ibson ou Eduardo Uram, que possui grande parte dos direitos federativos dos jogadores do clube.

No fim das contas ganhamos os três pontos, merecemos? Sinceramente não, mas não pelos motivos que os bostafoguenses alegam. Não houve roubo, lance totalmente discutível, e se formos olhar desta forma, houve pênalti no Juan não marcado ainda no primeiro tempo. Sobre o Bostafogo desisto de comentar, acertei quando previ que o Bosta era fogo de palha, mesmo na sua sequenciazinha de vitórias, sabia que esse time não iria longe. Não tem elenco, confiam num atacante de estadual e pior, acham mesmo que Carlos Alberto um dia será jogador de futebol.

Sinceramente, não sei se venceremos o Palmeiras. Precisamos de futebol, jogar futebol, apenas isso. Mas infelizmente me sinto pessimista. Entretanto a vitória nos lançará com força na briga pela Libertadores, poderemos afundar um paulista e tirar onda com os nossos rivaizinhos de bosta, que não conseguiram uma vitoriazinha sequer nesse brasileirão contra nossa esquadra Rubro-Negra. Toma arco-Íris! Abraços e até a próxima. Para sempre, Mengão

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Botafogo - Para salvar o ano - Por Vinicius Carvalhosa


Depois de duas derrotas em que foi prejudicado pela arbitragem, contra São Paulo e Atlétic0-MG, o Botafogo joga hoje a sua vida no ano de 2008. Vencer o Estudiantes no Engenhão e conseguir a classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana significa reencontrar a paz com a torcida, que já está impaciente há muito tempo com os resultados negativos dos últimos meses.


Tivesse Wellington Paulista marcado o gol feito que perdeu na Argentina - quando driblou o goleiro e chutou para fora - a tarefa hoje seria mais fácil. A torcida alvinegra anda muito desconfiada do time, e não deve comparecer em grande número, ainda mais com o jogo começando às 22h. A volta de Lúcio Flávio ao time é um reforço importante, e ele carrega junto com Carlos Alberto a responsabilidade de fazer o time jogar, pressionar o adversário desde o começo e, é claro, chegar a marcar pelo menos dois gols, para levar o jogo para pênaltis. Os dois são responsáveis - junto com Túlio, suspenso por ter sido expulso na Argentina - pela maioria dos gols da equipe no ano, já que os simpáticos atacantes botafoguenses possuem uma certa aversão a colocar a bola na rede.


A tarefa é difícil mas não impossível, e o time precisa ter cabeça para não se desesperar caso demore a fazer gol ou comece a perder muitas chances claras. Ah, e pode ter certeza de que isso vai acontecer. Jogo do Botafogo é certeza de gols perdidos por Wellington Paulista ou Jorge Henrique (ou pelos dois, em alguns tristes casos). Não vou nem pedir para o time não entrar em desespero caso sofra um gol porque se isso acontecer aí sim a situação fica praticamente impossível de reverter. E, infelizmente, essa defesa sofrer gols também não é nenhuma raridade. Aí seria preciso fazer 4x1 para conseguir a classificação, acabando com a possibilidade de disputa de pênaltis. A última vez que o Botafogo marcou 4 gols ou mais foi em agosto, quando goleou o Atlético-MG por 5x2 pela Sul-Americana. Ou seja, sofrer gols hoje é praticamente fatal. Cabe à torcida comparecer e confiar em Renato Silva (piada né) garantindo a segurança atrás e Lúcio Flávio e Carlos Alberto criando oportunidades de gol na frente.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Fluminense: Vencer era preciso! Por Douglas Chaves

Fluzão perde para o Vasco e coloca pescoço mais uma vez na guilhotina
Meus amigos blogueiros, o Fluminense é uma incógnita. Quando todos pensávamos que iria embalar, tropeçou na nau cruzmaltina e no dia de finados ressuscitou o bacalhau. O tricolor perdeu várias oportunidades de gol e utilizando a máxima do futebol, “quem não faz, leva”, o Fluzão levou, com isso entrou mais uma vez na zona de rebaixamento. 
Claro que desde a derrota na Libertadores, o Flu está “UMA ZONA”, porém não precisava estar “NA ZONA”. Os dirigentes não conseguiram repor os jogadores perdidos no período de transferência européia e com isso vemos um elenco mal das pernas, com falhas em posições cruciais. 
O jogo em si foi bem fraco, o Fluminense dominou boa parte da partida, mas não transformou esse domínio em gols, com isso o Vasco aproveitou a oportunidade e não desperdiçou. Bom para o bacalhau, ruim para o pó-de-arroz, que agora tem que vencer de qualquer maneira o Figueirense para ficar mais uma rodada fora do G-4 dos desesperados.
Com o Cuca eu achava que o Fluzão iria cair, porém com o René Simões eu acredito que irá escapar do rebaixamento. Só resta saber se, não caindo agora, o planejamento será bem realizado no próximo ano, para que, vencendo algum campeonato, ajude a massa tricolor esquecer um pouco a perda da Libertadores.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Flamengo - Aqui se faz, aqui se paga - Por Daniel Viana



Apesar de saber que a última aula do dia na faculdade poderia ser importante, minha consciência permitiu que eu fosse embora mais cedo para assistir a mais uma “final” do mais querido. De fato um pecado que cometi junto com outros milhões. Apenas espero que nossos castigos não sejam maiores do que ter visto o mengão apenas empatar um jogo propício para nossa vitória. Afirmo com tal convicção graças a liberdade que nossos laterais tiveram no primeiro tempo, infelizmente não soubemos aproveitar. No segundo tempo prevaleceu a marcação mais forte no meio-campo, mesmo assim, as chances de gol continuaram para ambos os lados, que o diga Léo Moura.

Com certeza a máxima no título retrata a situação do Fla. Contabilizando os três pontos perdidos para a galinha mineira, o Mengão estaria hoje junto aos líderes com 59. Em jogos corriqueiros, um empate fora de casa contra uma boa equipe como é a do Vitória pode ser considerado um bom resultado. Mas por culpa de nossos pecados, principalmente na etapa derradeira do campeonato, faz com que nossa situação rumo ao hexa, ainda possível, diga-se de passagem, seja à base de muito sofrimento. A torcida precisa de fé. Fé que o nosso castigo já foi pago e de que o nosso grupo esteja unido, confiante e centrado na busca pelo objetivo.

Próximo jogo

No Próximo sábado, partida que espero estar presente, o Mengão enfrentará a Lusa paulista. Creio nos três pontos. A vitória é obrigação, você estando ou não caro leitor, provavelmente Thiaguinho e Alex, acreditando no título. Até porque não podemos nos esquecer da vaga para a Libertadores. Abraços e até a próxima. Para sempre, Mengão

Resposta

Sobre a última postagem do meu caro amigo Alex, gostaria de responder as verborragias disparadas por seus dedos nervosos. Creio que insuflar a violência por não ter sua opinião corroborada pelos demais, é nada mais nada menos, se render às ausências de argumento. A violência, seja ela física ou verbal, é a arma dos inconseqüentes. Não seja inconseqüente meu caro. Sendo assim, apesar de nossa amizade, considero que após seus ataques, você ponha a mão na cabeça e que no seu próximo post se retrate.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Times Cariocas - Por Aline Bordalo (SBT Rio)


Finalmente uma rodada onde todos os cariocas venceram! E venceram bem, bonito, jogando sério. Será que isso ainda vai se repetir este ano? Sim, porque este Campeonato Brasileiro está marcado pela irregularidade, pela instabilidade. Um time joga bem hoje, é um desastre amanhã. Por isso que a competição, pela primeira vez na história dos pontos corridos, está emocionante, bem disputada. Quem deu o pontapé inicial foi o Vasco, na quarta-feira. O time viajou para Goiás conformado com, no máximo, um empate. Quem diria que os meninos correriam daquele jeito. Meninos somente, não, o desempenho de Edmundo merece ser aplaudido. Ele, aliás, é um jogador admirável. Quando um profissional vai chegando à reta final de sua carreira, a tendência é desanimar. Isso em qualquer área. Vejo isso acontecer muito no jornalismo. O jornalista começa como repórter e, ao longo do tempo, vai cansando de fazer certas matérias. Todo ano é a mesma coisa: matéria de ano novo, Páscoa, dia das mães, dos pais, movimento de carros no feriado...Depois de alguns anos, a pessoa não aguenta mais, aí acaba virando editor ou exercendo alguma outra função dentro da redação mesmo. Depois de tantos anos, Edmundo está com a garra de um iniciante. Corre, dá o sangue, fica chateado quando é substituído, com raiva do companheiro que não se dedicou o suficiente. Merece ou não aplausos? No dia seguinte, foi a vez do Flamengo incendiar o Maracanã. Cinco a zero foi demais. Envergonhado, o técnico do Coritiba, Dorival Júnior, desabafou: "Foi a pior atuação de um time sob o meu comando em toda a minha carreira". E quem imaginava que o astro do espetáculo fosse o velho e bom Obina? Este é outro jogador que merece elogios. Conquistou a torcida com sua simpatia, humildade e sorte. Ô rapaz para ter sina de herói. Assim o foi em muitas partidas. Mas ultimamente andava meio apagado. Chegou a ser xingado pelos rubro-negros. E foi preterido pelo técnico, com a contratação de outros jogadores para sua posição. Não desanimou. Continuou treinando forte, dando força aos companheiros que o substituíam. Nunca reclamou de ficar no banco, nunca fez cara feia ao sair no meio de uma partida. E, merecidamente, reconquistou o respeito da nação rubro-negra e a vaga de titular. Contra o Coritiba, ficou no ataque, no meio-campo, na zaga! Fez um gol e poderia ter feito muito mais. A noite foi de Obina, e não tem discussão. No sábado, a torcida do Botafogo estava tensa. O clima em General Severiano foi ruim durante toda a semana. Mais uma vez o "torcedor" Carlos Augusto Montenegro desestabilizou o elenco, depois de uma derrota na Copa Sul Americana, dizendo que havia um racha na equipe. A acusação, somada ao atraso dos salários, fez o clube virar um barril de pólvora. Mas o que explodiu foi a raça. O time entrou em campo contra o Ipatinga com fome de gol. E jogadores que marcaram muito pouco no campeonato viraram os protagonistas da vitória de três a zero. Leandro Guerreiro, Diguinho, que inclusive teve seu nome divulgado como novo reforço do Flamengo (o que foi desmentido oficialmente pela diretoria rubro-negra), e Thiaguinho. Parabéns aos três. E, por fim, o time do novo gênio do futebol. A equipe comandada por René Simões surpreendeu até mesmo a torcida tricolor. Três a zero em cima do Palmeiras, um dos favoritos ao título. O novo treinador, com aquele jeito quieto, humilde, já deu sua cara ao time. E trouxe sorte também. O segundo gol foi um lance de pura sorte. O jogador do Palmeiras que colocou a bola pra dentro nem viu. Quando viu, já tinha entrado. Não vou nem comentar o lance da mão do Washington no primeiro gol, isso já foi muito discutido nos programas. O fato é que o Fluminense mereceu a vitória. Prefiro não destacar nenhum jogador, e sim o técnico. Na minha opinião, o principal responsável pela sequência de duas vitórias e um empate (que poderia ter sido vitória, se não fossem os erros do árbitro, que está suspenso). Ele conseguiu estabilizar a cabeça dos jogadores, que estava muito ruim. Tricolores, um brinde a René Simões

VASCO - O Retorno do (Anti) Herói vascaíno - Por Thiago Teixeira



Saudações Vascaínas,

Inicio este comentário aplaudindo de pé o brilhante concerto (e conserto também, em relação ao time) exibido no Serra Dourada na última rodada. Que vitória meu Deus, que vitória!

Com um show do Cavaleiro das Trevas de São Januário - vide o anti-herói que vive no ostracismo de sua Batcaverna, até ser solicitado em uma situação emergencial - o bacalhau deu um importante passo (importantes como às passadas do fenômeno Usain Bolt) para iniciar a sua arrancada na corrida dos que beiram e fogem da série B.
"Renight Gaúcho", o treinador garotão, apresentou uma equipe bem composta em um 3-6-1 onde a defesa mostrou-se bem posicionada - principalmente com Fernando que se antecipava aos atacantes goianos - e que protegida pelos volantes pôde jogar nos contra-ataques, aproveitando a velocidade dos meias cruzmaltinos, Mádson e Alex Teixeira - rápidos como quem rouba, como diria o genial Lopes Maravilha, do Rock Bola - surpreendendo assim o esmeraldino ,que entrou em campo pensando que o bacalhau estava pronto à ser servido, logo nos primeiros minutos.

Aos 20m Mádson, o Mestre dos Magos, indicou aos heróis da "Caverna do Vascão" o caminho certo, o das redes, ao lançar (com o triângulo) o meia Mateus que ao dar um belo drible de corpo no zagueiro (apertando o quadrado e o direcional) completou com um chute forte exigindo que Harlei (Davidson???) espalmasse a pelota nos pés do Animal que com categoria mandou para o fundo das redes. O time da Colina continuou pressionando até que o mal intencionado Leonardo Gaciba “Dick Vigarista” não marcou pênalti no menino Mateus. Logo em seguida, Alex Teixeira “o diamante da colina” conduziu a bola pela ponta direita, invadiu a área e marcou um belo gol na saída de Harlei (o da novela???). Daí em diante bastaria ao Vasco segurar o jogo e viver de contra-ataques, até que a “Síndrome de Nasa” (aquele mesmo que cansou de entregar a paçoca) baixou em Valmir que cometeu um pênalti bobo em Iarlei, esse sim marcado pelo “malfeitor do apito”. Paulo Baier (Laboratório farmacêutico???) bateu horrendamente no meio e diminuiu para o Goiás.

No intervalo o treinador Renato Gaúcho convenceu os meninos de que deveriam segurar o resultado, assim o time voltou do intervalo bem taticamente e jogando no erro do time goiano. Mas como é de praxe, em um deslize da defesa, Iarlei recebeu na área entre dois marcadores vascaínos e empatou a partida. Tudo estaria perdido se não tivéssemos o nosso super-herói - ou neste caso o "Anti-herói Edmundo", que poderia ser um herói clássico se nós analisássemos suas brilhantes atuações contra os rivais cariocas, seu declarado amor pelo clube e o inesquecível título brasileiro de 1997, mas que ao perder memoráveis cobranças de pênaltis (como no mundial interclubes de 2000, Copa do Brasil 2008, etc...) parecia ter esquecido a sua vocação heróica realizando façanhas por motivos egoístas (como não comparecer a seu julgamento por expulsão), de vaidade (assumindo o posto de cobrador de faltas e pênaltis sem ter a menor habilidade para isso) ou de quaisquer gêneros que não sejam altruístas (como declarar que a qualidade do elenco é ínfima). Logo após o empate, o bacalhau correu atrás do prejuízo movido pelo Animal que chamando a responsabilidade para si armou um rápido contra-ataque, lançou Jorge Luiz que no maior estilo “Ronaldinho Gaúcho” olhou para um lado e tocou para o mesmo (é isso mesmo), Mádson “o Baby dá Família Dinossauro” pegou de primeira, mas muito mal, e a bola resvalou no zagueiro entrando por entre as pernas de Harlei (o cometa???). Em um novo contra-ataque, Alex Teixeira tocou (com o X) para o Bad Boy Edmundo (“somos bad boys e isso não tem nada a ver, cante comigo esse rap que você vai aprender, lêlêlêlê ô lêlêlêlê á...Lembra?) na área, que tentando o giro sofreu pênalti (este sim marcado) do zagueiro Henrique. Com a personalidade que só um grande herói tem, o Animal pegou a bola e disse “deixa que eu bato”, ignorando todos os revés de sua carreira e o fato de que se perdido o pênalti e ao final o Goiás empatasse ou virasse a partida, a culpa lhe cairia às costas. O atacante correu para a bola e bateu no ângulo (o que lhe daria o prêmio máximo no extinto programa “Gol show” de Sílvio Santos). Daí em diante o Gigante da Colina administrou o resultado e correu para o abraço, acabando de vez com a série de 10 partidas sem vitória.

Agora é fazer o dever de casa contra o Atlético Paranaense.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Flamengo- Depois da goleada contra o Coxa, o Barradão que nos espera! Pôr Alex Campos



(alexluizgurgelcampos@gmail.com)

Depois do passeio com direito a gol de goleiro no Maracanã, jogaremos esta noite contra o Vitória o ex-clube do Obinassauro ou Obina-Sallas tamanha a sua categoria. Com a volta de Juan e Fábio Luciano –novo papai babão- o time contará com o esquadrão titular. Na verdade Caio Júnior – O garoto propaganda de óculos - tem uma dúvida se escala Aírton ou Fierro no Lugar do Kléberson , jogador do tipo que sempre pode render mais.
A vitória contra o Vitória, risos, perdoe-me o trocadilho, é mais do que fundamental, pois temos que subir no G4, escalar esses degraus como se fossem a escadaria da Igreja da Penha-tão conhecida pelo escritor, difamador, detractor, de poucas virtudes conhecido como Daniel Viana, a única virtude dele que eu conheço é ser Flamengo- Brincadeira
O triunfo seria o maior presente para o Dia do Flamenguista, mesmo dia do Padroeiro do Clube São Judas Tadeu (no caso dia 28 de outubro). E depois de ter perdido 30 reais com o Bruno na aposta que o nosso prefeito seria o Gabeira, vou fazer algo muito mais saudável, não irei apostar e sim prometer que na vitória contra o Vitória –não resisti novamente- Rezarei uma novena para São Judas.
Ficarei por aqui, porém por último, mas não menos importante, darei uma sugestão, esses dias lá na minha faculdade de jornalismo (Não farei menção ao nome da Instituição, pois não ganho desconto lá),houve uma discussão na aula de algo que não lembro ,sobre quem jogou mais no ano de 1997, Edmundo ou Ronaldo, isso daria uma boa enquete.Abraços e Flamengo rumo ao Hexa.
Postando escutando o som do vizinho, ele está escutando: Gabriel Pensador – Até quando! Vou pedir para ele aumentar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Botafogo - Ah, Montenegro... - Por Vinicius Carvalhosa


Como sempre, Carlos Augusto Montenegro resolve falar mais do que deve e tumultua o ambiente já ruim do Botafogo. O dirigente – a exemplo do que fez em 2007 após a eliminação na Copa Sulamericana para o River Plate – resolveu atacar os jogadores e expor problemas do grupo. Suas declarações afirmando que o elenco alvinegro está dividido, com Lúcio Flávio de um lado e Carlos Alberto do outro, revoltaram os jogadores, que trataram de desmentir as acusações. Existe, sim, o problema dos salários atrasados, que afeta qualquer um. Mas não acontece só no Botafogo. O problema é que em General Severiano as coisas sempre tomam proporções maiores do que o normal, graças à imprensa.

A notícia da possível ida de Diguinho – melhor jogador do clube até agora em 2008 – para o Flamengo deveria preocupar mais a torcida. A verdade é que o volante caiu muito de produção nos últimos meses, principalmente após seu envolvimento no assassinato de um jovem em uma boate carioca. A verdade é que ele nunca foi um jogador dos mais disciplinados, então me parece que caso sua ida para o clube rival seja confirmada (leia-se “não seja mais uma invenção da fla-imprensa para desestabilizar o ambiente alvinegro) ele será apenas mais um traidor que largará o clube que o fez aparecer no meio do futebol e cairá em esquecimento logo logo. A exemplo do que já aconteceu com outros que trocaram o alvinegro pelo rubro-negro, como Váldson e Claiton. Além de outros que sacanearam o clube e também sumiram do futebol – o volante Jonílson, o treinador Paulo César Gusmão, os laterais César Prates e Joílson, o zagueiro Juninho e o atacante Dodô. Todos viveram o auge de suas carreiras no Botafogo, e ao saírem de General Severiano sem mostrar respeito ao clube, sofreram com a praga da torcida alvinegra.

Quanto ao Campeonato Brasileiro, uso como exemplo a única frase correta pronunciada por Montenegro durante esta crise: “O ano acabou”. Para o Botafogo, nada mais resta senão se contentar mais uma vez com a Classificação para a Sulamericana, já que está 9 pontos atrás do quinto colocado. Resta ao time botar a cabeça no lugar para terminar o campeonato de modo digno. Ou seja, vencer o Ipatinga, mesmo fora de casa, é obrigação.

PS: Depois do incrível gol perdido por Wellington Paulista contra o Estudiantes, não é possível que esse ser continue como titular do time. Caso ele fizesse o gol o jogo seria outro, com o time vencendo com um jogador a mais em campo. Mas parece que estamos em um jogo de vídeo-game, onde algum bug impede que esse atacante faça gols. As falhas de Castillo e André Luís também contribuíram muito para o resultado negativo, é claro, principalmente a do goleiro uruguaio, que já não engana mais nenhum torcedor. E Túlio, outra vez, perdeu a cabeça em um momento ruim e prejudicou ainda mais a equipe, recebendo o cartão vermelho. A torcida já parece não ter mais paciência com o volante, um de seus ídolos, mas que mostra não ter a menor estabilidade emocional para disputar jogos decisivos com placar adverso, a exemplo da final contra o Flamengo pelo Campeonato Carioca.