quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Times Cariocas - Por Aline Bordalo (SBT Rio)
Finalmente uma rodada onde todos os cariocas venceram! E venceram bem, bonito, jogando sério. Será que isso ainda vai se repetir este ano? Sim, porque este Campeonato Brasileiro está marcado pela irregularidade, pela instabilidade. Um time joga bem hoje, é um desastre amanhã. Por isso que a competição, pela primeira vez na história dos pontos corridos, está emocionante, bem disputada. Quem deu o pontapé inicial foi o Vasco, na quarta-feira. O time viajou para Goiás conformado com, no máximo, um empate. Quem diria que os meninos correriam daquele jeito. Meninos somente, não, o desempenho de Edmundo merece ser aplaudido. Ele, aliás, é um jogador admirável. Quando um profissional vai chegando à reta final de sua carreira, a tendência é desanimar. Isso em qualquer área. Vejo isso acontecer muito no jornalismo. O jornalista começa como repórter e, ao longo do tempo, vai cansando de fazer certas matérias. Todo ano é a mesma coisa: matéria de ano novo, Páscoa, dia das mães, dos pais, movimento de carros no feriado...Depois de alguns anos, a pessoa não aguenta mais, aí acaba virando editor ou exercendo alguma outra função dentro da redação mesmo. Depois de tantos anos, Edmundo está com a garra de um iniciante. Corre, dá o sangue, fica chateado quando é substituído, com raiva do companheiro que não se dedicou o suficiente. Merece ou não aplausos? No dia seguinte, foi a vez do Flamengo incendiar o Maracanã. Cinco a zero foi demais. Envergonhado, o técnico do Coritiba, Dorival Júnior, desabafou: "Foi a pior atuação de um time sob o meu comando em toda a minha carreira". E quem imaginava que o astro do espetáculo fosse o velho e bom Obina? Este é outro jogador que merece elogios. Conquistou a torcida com sua simpatia, humildade e sorte. Ô rapaz para ter sina de herói. Assim o foi em muitas partidas. Mas ultimamente andava meio apagado. Chegou a ser xingado pelos rubro-negros. E foi preterido pelo técnico, com a contratação de outros jogadores para sua posição. Não desanimou. Continuou treinando forte, dando força aos companheiros que o substituíam. Nunca reclamou de ficar no banco, nunca fez cara feia ao sair no meio de uma partida. E, merecidamente, reconquistou o respeito da nação rubro-negra e a vaga de titular. Contra o Coritiba, ficou no ataque, no meio-campo, na zaga! Fez um gol e poderia ter feito muito mais. A noite foi de Obina, e não tem discussão. No sábado, a torcida do Botafogo estava tensa. O clima em General Severiano foi ruim durante toda a semana. Mais uma vez o "torcedor" Carlos Augusto Montenegro desestabilizou o elenco, depois de uma derrota na Copa Sul Americana, dizendo que havia um racha na equipe. A acusação, somada ao atraso dos salários, fez o clube virar um barril de pólvora. Mas o que explodiu foi a raça. O time entrou em campo contra o Ipatinga com fome de gol. E jogadores que marcaram muito pouco no campeonato viraram os protagonistas da vitória de três a zero. Leandro Guerreiro, Diguinho, que inclusive teve seu nome divulgado como novo reforço do Flamengo (o que foi desmentido oficialmente pela diretoria rubro-negra), e Thiaguinho. Parabéns aos três. E, por fim, o time do novo gênio do futebol. A equipe comandada por René Simões surpreendeu até mesmo a torcida tricolor. Três a zero em cima do Palmeiras, um dos favoritos ao título. O novo treinador, com aquele jeito quieto, humilde, já deu sua cara ao time. E trouxe sorte também. O segundo gol foi um lance de pura sorte. O jogador do Palmeiras que colocou a bola pra dentro nem viu. Quando viu, já tinha entrado. Não vou nem comentar o lance da mão do Washington no primeiro gol, isso já foi muito discutido nos programas. O fato é que o Fluminense mereceu a vitória. Prefiro não destacar nenhum jogador, e sim o técnico. Na minha opinião, o principal responsável pela sequência de duas vitórias e um empate (que poderia ter sido vitória, se não fossem os erros do árbitro, que está suspenso). Ele conseguiu estabilizar a cabeça dos jogadores, que estava muito ruim. Tricolores, um brinde a René Simões
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